Participe da 1ª chamada que conecta negócios comunitários e agentes de inovação para cocriar soluções com impacto direto nas cadeias produtivas da floresta.
Chamada aberta de 19/05 a 15/06
O Biorama é um espaço de encontro entre a floresta e a inovação. Uma iniciativa que conecta saberes tradicionais e tecnologias emergentes para cocriar soluções aos desafios vividos por negócios comunitários.
Idealizado e executado em parceria entre a Fundação CERTI e a Conexsus, com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e apoio financeiro da União Europeia por meio do Programa Euroclima, com implementação da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
O Biorama aposta na cocriação como caminho para transformar cadeias produtivas como as do açaí, cacau e oleaginosas.
Mais do que um projeto, é um movimento para ativar ecossistemas regionais e gerar impacto positivo direto nos territórios, valorizando quem vive da floresta e com ela constrói futuro.
Atendam a desafios enfrentados por negócios comunitários em áreas como gestão, rastreabilidade, beneficiamento, padrão de qualidade e manejo;
Foco da primeira chamada é nas cadeias prioritárias:
> Açaí, Cacau e Oleaginosas.
As soluções propostas podem estar em diferentes estágios de maturidade:
Startups ou pequenas empresas inovadoras com soluções tecnológicas voltadas à bioeconomia
Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs)
Universidade ou centro de pesquisa
Organizações desenvolvedoras de tecnologias sociais
Plante inovação, colha impacto
Conheça o caminho que vamos percorrer juntos: do desafio real à cocriação em campo.
Relacionamento
Convivência
Cocriação
Cocriação e desenvolvimento
Testes, ajustes e validação
Maio e Junho 2025
Julho a Agosto
Setembro
Outubro
territórios
envolvidos
Nesta chamada, queremos atrair ideias de soluções que respondam a desafios concretos enfrentados por negócios comunitários na bioeconomia amazônica. Esses desafios foram identificados a partir de escuta direta nos territórios e refletem as dores e gargalos que travam o acesso a mercados e o fortalecimento das cadeias produtivas.
Conheça abaixo os alvos de inovação mapeados, eles serão o ponto de partida para a cocriação das soluções:
A secagem adequada das amêndoas de cacau é essencial para garantir sua qualidade sensorial e comercial, evitando perdas econômicas significativas para os produtores. Na Amazônia, a alta umidade do ambiente pode agravar as dificuldades no processo de secagem, facilitando a proliferação de fungos, deterioração das características sensoriais e consequente desvalorização no mercado. Atualmente, muitas técnicas tradicionais envolvem mesas de secagem impróprias e protocolos insuficientes de revolvimento, resultando em uma secagem ineficiente e desigual.
Busca-se soluções tecnológicas e metodológicas inovadoras que melhorem significativamente o processo de secagem das amêndoas de cacau. As soluções devem envolver mesas de secagem apropriadas, protocolos eficazes de revolvimento das amêndoas e/ou tecnologias avançadas como sistemas híbridos ou elétricos, garantindo uma secagem uniforme, rápida e eficiente, com manutenção simplificada e baixo consumo energético.
Exemplos de soluções desejadas (mas não limitadas):
A rastreabilidade é fundamental para garantir a qualidade, a sustentabilidade e a valorização das amêndoas de cacau no mercado. No entanto, a baixa adoção de sistemas de rastreabilidade pelos produtores locais limita significativamente o acesso a mercados diferenciados e exigentes, além de dificultar o controle de qualidade e gestão eficiente da produção.
Procura-se desenvolver soluções acessíveis, intuitivas e tecnicamente viáveis que aumentem a adoção de rastreabilidade na cadeia produtiva do cacau. As soluções propostas devem facilitar o registro e acompanhamento das informações desde a colheita até a comercialização, permitindo uma gestão eficaz da produção e melhor integração aos mercados premium.
Exemplos de soluções desejadas (mas não limitadas):
Na cadeia produtiva das oleaginosas, a exemplo de murumuru e andiroba, a rastreabilidade é crítica para garantir a sustentabilidade ambiental e social, além de ser um requisito essencial para acessar mercados diferenciados e mais exigentes. Atualmente, há uma baixa adoção de práticas e sistemas eficazes de rastreabilidade, dificultando o acompanhamento da origem e das condições de produção das sementes coletadas.
Busca-se soluções inovadoras que facilitem a implementação da rastreabilidade nas comunidades extrativistas. As soluções devem ser acessíveis economicamente, fáceis de usar e adaptáveis às condições remotas da Amazônia, permitindo a documentação detalhada da origem, dos processos e do trajeto das oleaginosas, desde a coleta até o consumidor final.
Exemplos de soluções desejadas (mas não limitadas):
A extração dos óleos, a exemplo de murumuru e andiroba, enfrenta sérias dificuldades devido à baixa eficiência dos métodos tradicionais e a complexidade da quebra manual das sementes. O processo manual demanda esforço físico significativo dos extrativistas e apresenta condições ergonômicas inadequadas. Além disso, métodos manuais geralmente resultam em perdas consideráveis de matéria-prima devido à quebra imprecisa, causando danos às amêndoas e redução do rendimento na extração do óleo. Esses fatores não só limitam a capacidade produtiva das comunidades extrativistas, mas também afetam diretamente sua competitividade econômica e a sustentabilidade das operações locais.
Procura-se soluções tecnológicas acessíveis e robustas que aumentem a eficiência e reduzam o esforço físico no processo de beneficiamento primário, especialmente na etapa de quebra das sementes e extração dos óleos. O objetivo é maximizar o aproveitamento das sementes, garantir a integridade das amêndoas e aumentar significativamente a produtividade e segurança operacional nas comunidades extrativistas.
Exemplos de soluções desejadas (mas não limitadas):
A falta de padrões claros de qualidade desde a colheita até o processo de secagem das sementes de oleaginosas, a exemplo de andiroba e murumuru, compromete significativamente a qualidade final dos óleos produzidos. Além disso, as comunidades locais carecem de ferramentas acessíveis e práticas para avaliar rapidamente a qualidade dos óleos, limitando a padronização e aceitação no mercado.
Desenvolver soluções tecnológicas e metodológicas para garantir padrões consistentes de qualidade durante todo o processo produtivo e oferecer métodos acessíveis e rápidos para medir a qualidade dos óleos diretamente no campo.
Exemplos de soluções desejadas (mas não limitadas):
A cadeia produtiva do açaí enfrenta desafios significativos relacionados ao manejo, com destaque para a dificuldade em prever com precisão o volume produtivo, a qualidade dos frutos e em realizar uma gestão eficaz da produção. Esses problemas são agravados pelos efeitos das mudanças climáticas, que vêm alterando os ciclos produtivos, tornando as safras mais irregulares e imprevisíveis. Essa instabilidade prejudica o planejamento adequado das operações e compromete o cumprimento de acordos comerciais estabelecidos com antecedência.
Busca-se o desenvolvimento de soluções tecnológicas e metodológicas que auxiliem na superação desses entraves. São esperadas propostas que possibilitem maior precisão na previsão da safra, considerando tanto o volume quanto a qualidade do fruto, e que apoiem uma gestão produtiva mais eficiente. Além disso, espera-se também soluções que contribuam para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, auxiliando os produtores no planejamento e manejo estratégico da safra, apontando o momento ideal de coleta para obtenção de frutos de melhor qualidade e rendimento.
Exemplos de soluções desejadas (mas não limitadas):
O açaí é um fruto altamente perecível, com prazo curto para transporte e processamento antes que se deteriore. A logística atual é frequentemente inadequada, resultando em perdas consideráveis de produto devido à falta de infraestrutura eficiente e métodos apropriados para transporte rápido e conservação pós-colheita.
Procura-se soluções tecnológicas e logísticas inovadoras que reduzam significativamente as perdas decorrentes da alta perecibilidade do fruto, garantindo transporte eficiente e preservação da qualidade desde a colheita até o processamento.
Exemplos de soluções desejadas (mas não limitadas):
A colheita do açaí é realizada manualmente, frequentemente através da escalada perigosa nas palmeiras usando peconhas ou garras, além do uso de ferramentas rudimentares como varas com gancho ou lâmina. Estes métodos expõem os extrativistas a riscos de acidentes, além de resultar em perdas de frutos e comprometimento da qualidade do produto final devido à debulha manual sobre lonas ou recipientes inapropriados.
Busca-se soluções tecnológicas inovadoras que melhorem a segurança e eficiência da colheita do açaí, reduzindo o risco de acidentes e perdas durante o processo produtivo.
Exemplos de soluções desejadas (mas não limitadas):
Esta chamada é voltada para:
Não é necessário ter atuação prévia na Amazônia, mas é desejável interesse e disponibilidade para se conectar com os territórios e comunidades envolvidas.
Não. Você pode ter tecnologias desenvolvidas ou ideias de como solucionar os desafios identificados. De qualquer modo, espera-se que as soluções sejam cocriadas ou adaptadas com a participação de integrantes dos negócios comunitários. Portanto, o refinamento das soluções (em nível de ideia ou já no mercado) ocorrerá ao longo do ciclo da Iniciativa Biorama.
Não, mas é essencial ter disponibilidade para participar das imersões e interações com os negócios comunitários – no caso das imersões ao território a Iniciativa cobrirá as despesas de viagens
Sim. As soluções selecionadas contarão com orientações técnicas, capacitações e mentorias especializadas para a elaboração de um Plano de Desenvolvimento, que deverá incluir os resultados dos testes, validação e viabilidade técnica-financeira do projeto. Além disso, os custos com a viagem de imersão serão financiados pela iniciativa para um integrante de cada equipe. Cada proposta selecionada também receberá uma ajuda de custo no valor de R$ 5.000,00, destinada a viabilizar a participação nas atividades e no processo de desenvolvimento conjunto com os negócios comunitários (mediante entrega e validação do Plano de Desenvolvimento, conforme previsto no regulamento da chamada). Ao final do ciclo, os Planos de Desenvolvimento serão apresentados a parceiros financiadores nacionais e europeus, mobilizados pela Iniciativa Biorama, com interesse na implementação de soluções inovadoras voltadas a Negócios Comunitários da Amazônia.
As inscrições vão de 19/05 até 15/06/2025.
As soluções serão avaliadas com base na aderência aos desafios mapeados, viabilidade, potencial de impacto e capacidade de implementação.
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